|seria eternamente verão|

hoje, ao ouvir a entrevista a Leonor Poeiras na plataforma Maria Capaz, foi como se tivesse voltado muitos anos atrás até ao momento em que eu imaginava como seria a minha vida lá mais para a frente no tempo.

sim, também na minha cabeça, muita coisa se pintava em tons de azul… céu e mar. muito céu e mar. muita praia, muita vida ao ar livre, muita brisa, muito sol e  muito sal na pele.

quando era miúda ainda não sabia bem o que era bossa nova. ainda não imaginava banda sonora para aquilo que eu achava que viriam a ser os meus dias no futuro. sabia que o som seria suave, animado e daqueles sons que transpiram boas energias e que trazem sal nas notas.

em miúda achava eu que viveria mais perto do mar. recolhi recortes da Casa Cláudia e decorei a minha casa como se esta fosse uma eterna casa de férias.

na minha cabeça de miúda também havia lugar para frio e vento, para chuva e fortes tempestades. daquelas bem ao género do cinema americano, daquelas que só acontecem junto à praia e que passam em menos de nada, sem deixar rasto. as pessoas molham-se enquanto tentam escapar entre os pingos da chuva, e recolhem dentro de casa, secando-se com toalhas fofas e brancas. no dia a seguir já tudo passou e tudo segue normalmente.

na minha cabeça de miúda seria eternamente verão. mas só mesmo na minha cabeça de miúda.

Casa de Praia
Casa de Praia
|seria eternamente verão|

|back from outta space|

parar.

parar durante uns dias para organizar e arrumar a casa.

é altura das limpezas de primavera, é tempo de lavar paredes, abrir janelas e chafurdar na água que irá lavar toda a morrinha do inverno.

as limpezas de primavera permitem arrumar a cabeça, organizar as estantes, arrumar assuntos e arranjar espaço para novos temas, novas letras, novas ideias.

parar nesta altura do ano é imprescindível. esta pausa trará novo fôlego para novos projetos, trará uma energia renovada.

apesar de tudo o que as mudanças e as limpezas têm de bom, esta pausa teve um sabor um pouco agridoce. é difícil descolar da pele o sabor ácido de outros tempos, do tempo em que ficar por casa se devia ao sentimento de inutilidade que me haviam imputado.

um sabor agridoce devido ao sentimento de culpa por tudo e por nada que me assola. culpa por não ser omnipresente, culpa por não ter mais do que dois ombros nem mais do que dois braços. culpa por não ter super-poderes que me permitam resolver os meus e os problemas dos outros.

muita água já rolou, muita espuma já se formou e lavou os dias que se passaram.

é altura de voltar. é altura de regressar, arregaçar as mangas e agarrar em tudo o que há de bom. é altura de dar espaço para que coisas possam ter lugar e espaço para acontecer.

|back from outta space|

|uma casa num abrir e fechar de olhos|

chamam-lhe “um refúgio inteligente” e foi desenvolvido pela NOEM, em Espanha.

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apresenta-se como um conceito de habitação “smart”, na medida em que permite que o seu proprietário controle a casa pela via remota, simplesmente através de um equipamento mobile.

trata-se de um refúgio que corresponde a parâmetros de energia sustentável, recorrendo a materiais recicláveis, como a madeira prefabricada.

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pequeno, concentrado, mas com tudo a que se tem direito num pequeno refúgio!

 

 

> Créditos | Artigo visto em Freshome 

> Créditos | Fotos de Meritxell Arjalaguer

|uma casa num abrir e fechar de olhos|

|Mogli e os selvagens|

Desde sempre vivi em casas/moradias/habitações sem vizinhos por baixo e por cima, nunca em apartamentos.
Primeiro numa casa “improvisada”, adjacente à casa dos meus avós – um quarto, um quartinho, uma sala, uma cozinha e uma casa de banho no exterior.
Depois veio aquela que é hoje a casa dos meus pais. Rés do chão, 1º andar e sótão.
Apartamentos sempre me fizeram confusão. Passar na rua e ver para dentro de casa das outras pessoas. Perceber se estava gente em casa, se viam televisão ou se tinham visitas.
Nunca me tinha apercebido que o mesmo acontecia em relação à casa dos meus pais. Paredes meias com a casa dos meus avós, rodeados pelas casas dos meus tios e partilhando um quintal comum. Aqui não se partilhavam apenas as hortaliças. Aqui também partilhávamos os ralhetes, os castigos, e as birras. Sabíamos, no mesmo momento, se um de nós, os primos, tinha sido apanhado em alguma malandrice. Sabíamos, pelo volume, se tinha “havido festa”.
Aqui sabíamos quem estava em casa, quem tinha deixado as janelas abertas ou a porta encostada. Aqui quase nem era preciso bater antes de entrar pois vivíamos porta com porta, paredes meias com outras vidas que não eram as nossas.
Aqui, num meio a pender para o selvagem, sempre fomos muito civilizados. Respeitávamos os silêncios, partilhávamos da hora das refeições e da hora dos descansos. Sabíamos que era tempo de recolher pelo simples correr de um estore.
Hoje, vivendo num apartamento, não partilho da proximidade com os outros como outrora. Não vivemos paredes meias com outras vidas que não a nossa. E também não partilhamos os momentos de descanso.

Sim, acredito que vivo por baixo de selvagens.

Difícil perceber estas rotinas. Difícil perceber porque se corre a todo o instante dentro de casa. Difícil perceber porque se arrastam as cadeiras à hora do jantar, porque se arrastam os sofás ou cadeirões depois do jantar, porque se sapateia depois da hora de dormir e quando ainda mal nasceu o sol.
Faz-me confusão esta falta de respeito pelo tempo dos outros, esta falta de consideração pelo descanso alheio. Faz-me confusão que não se saiba zelar pelo bem comum quando partilhamos as mesmas paredes, as mesmas escadas, a mesma estrutura.

Arrastam-se cadeiras no chão da cozinha, empurra-se mobiliário no chão de madeira da sala, deixam-se cair objetos metálicos no chão dos quartos, bate-se com as portas dos armários da casa de banho… usa-se a Bimby às três e quatro da manhã para picar ou moer alguma coisa.

Percebo que tenhamos de criar estratégias para dar resposta às necessidades do dia a dia. Percebo que tenhamos de fazer coisas a horas impensáveis pois, entre o dia passado fora e as horas que sobram até ao deitar nem sempre deixa que o tempo estique, se desdobre e renda para tudo o que precisa de ser feito.

Faz-me confusão que, a determinadas horas, se coloque em pratica o Livro da Selva e que vivamos todos em torno dos nossos próprios umbigos.
Venha de lá o Mogli que hoje é domingo.

|Mogli e os selvagens|

|mudava-me hoje mesmo|

para uma casa com uma sala assim…

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descobri o blog da Emily Henderson por mero acaso, numa divagação pela internet fora…

fiquei mais de uma hora para trás e para a frente, a conhecer melhor todos os seus projetos. dela e da sua equipa.

a estética, o conceito, a boa energia que as imagens emanam são qualquer coisa!

apresentam-se como uma equipa de design/stylists especializados em combinações eclécticas com orçamentos moderados

DESIGN PHILOSOPHY

I believe a room is soulless without something that is vintage or antique. I believe an object or piece of furniture should be either functional, beautiful, or sentimental and if can be all three then that is design magic. I believe that comfort comes first, but style is a close second. I believe a home should look like the person that inhabits it, not a catalog, not what you think others would like — but really, truly like you. I believe that a perfect house is like a perfect person; no one really wants to be around them and everyone secretly hates them. Be the weird person. Be the interesting person, the person that sometimes says inappropriate things or laughs too loud at jokes, and have your home reflect who you are.

 

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Emily-Henderson-Mid-Century-Modern-Leather-Blue-String-Art

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|mudava-me hoje mesmo|

|home crush – Taiwan|

Se, de repente, tivesse de me mudar para Taiwan.

Sim, se, por motivos pessoais ou profissionais, foi recambiada para bem longe daqui.

Sim, se, fosse qual fosse a razão, eu tivesse de deixar a minha casa, gostava de o fazer em troca desta aqui:

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Assim, tal e qual como está. Sem tirar nem por.

Se não tiver de mudar de país, aceito de bom grado a casa numa qualquer cidade deste nosso Portugal dos Pequeninos.

 

>> Créditos | Imagens | Freshome

 

|home crush – Taiwan|

|uma casa a fazer pandant|

Tinha uma casa nova [quase] todos os dias.

Desde que me lembro de ser gente que ficava vidrada com as revistas de decoração… julgo que deviam ser das poucas revistas lá por casa, juntamente com os jornais diários e os livros e catálogos do Circulo de Leitores.

Durante anos, recolhi em dossier recortes destas revistas. tinha um dossier com a minha casa de campo, a minha casa de praia, a minha casa na cidade, o meu apartamento em Nova Iorque, o meu apartamento em Paris, o meu chalé na Suiça, e por aí fora.

Imaginava-me a viver por esse mundo fora numa casa condizente [já na altura era pirosa e gostava de tudo a fazer pandant]

Essa paixão veio comigo ao longo dos tempos, faz parte do meu dia a dia. continuo a coleccionar imagens e a idealizar casas um pouco por todo o mundo. continuo a embebecer-me com as imagens que vou recolhendo por esse mundo virtual fora e continuo a imaginar como seria viver num país diferente, com uma casa a fazer pandant.

Hoje viajo até Brooklyn.

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“What I love most about my home is:

everything in it has its own story”

[Casas com vida, casas com alma, casas com histórias e gente dentro]

 

>> Créditos | Fotos | Design Sponge

|uma casa a fazer pandant|

| Home Office Inspiring |

Setembro avança a passos largos.

Os dias ficam mais curtos, as manhãs mais frescas e o trânsito mais intenso.

O regresso às aulas é tema de conversa em todas as notícias e em todas as publicidades.

Relembro o entusiasmo do regresso aos aulas, dos cadernos e dos livros novos, dos amigos e das rotinas.

Para quem trabalha, este período de regresso escolar faz com que desperte a vontade de reorganizar a casa e criar um espaço de trabalho… algo que motive e que faça aguentar os 300 e tal dias que faltam até às próximas férias de verão…

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>> Créditos Imagens | Pinterest (clicar sobre as imagens)

| Home Office Inspiring |

|Decor Inspiring – just around the corner|

Gosto dos tons, das combinações dos materiais e, acima de tudo, do conceito…

Para ler, para relaxar, ou simplesmente, para não fazer nada…

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79 Ideas

Basta uma pequena área da casa, um pequeno canto, para o transformar naquele espaço que será “só meu”…

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>> Créditos | Imagens | 79 Ideas

|Decor Inspiring – just around the corner|

| mudava-me já hoje |

Dizem que o apartamento de Sarah Jessica Parker e do marido,  Matthew Broderick, em Nova Iorque está à venda.

A julgar pelas fotos e pela localização, é coisa pouco acessível ao comum dos mortais – 22 milhões de dólares [apesar de já ter desvalorizado, pois diz-se que custou 25 milhões de dólares].

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5 assoalhadas, uma suite que ocupa todo um andar, incluindo dois closets… 7 casas de banho e 7 lareiras e um jardim de sonho…

Bem, parece que vou jogar no Euromilhões hoje… Saindo, é coisa para apanhar o primeiro voo para NYC…

 

>> Créditos | Harpars Bazaar

 

 

| mudava-me já hoje |