|sobre o ébola|

é fácil ficarmos assustados a cada instante que abrimos os jornais, ligamos a televisão ou entramos numa qualquer rede social. as notícias são assustadoras e já toda a gente tem vontade de se trancar em casa, evitar o contacto com toda e qualquer pessoa que tenha entrado num avião nos últimos tempos, usar máscara e fatos ao estilo astronauta.

Confesso que eu própria tenho receio. dou por mim a pensar “e se eu começar a ficar com febre e vómitos? Será que vou para o hospital e eles enfiam-me numa espécie de cápsula e colocam-me em quarentena?”

[o aspecto magrebino não joga nada a meu favor…]

Hoje deparei-me com um artigo publicado à cerca de um mês no jornal Público.

Um artigo de opinião do Dr. Manuel Pinto Coelho, Médico e doutorado em Ciências da Educação.

É importante saber-se que o vírus Ébola não se transmite com facilidade. Para haver transmissão do vírus, tal como acontece com o vírus da SIDA – o VIH – é necessário um contacto direto com um líquido biológico do doente, como o sangue, as fezes ou o vómito.

O vírus Ébola é sobretudo perigoso quando mal acompanhado. Como os doentes infetados morrem de desidratação ou de hemorragias, então o tratamento consiste logicamente na hidratação e/ou transfusão sanguínea, e não na administração de uma qualquer vacina ou hipotético medicamento.

Como a solução contra a epidemia consiste essencialmente em respeitar medidas simples usando o bom senso – higiene, boa nutrição, vitaminas C e D nas doses adequadas -, a verdadeira prioridade nos países tocados pelo flagelo, deveria ser criar infra-estruturas médicas de forma a fornecer aos doentes os cuidados médicos de base.

Seria bom que se soubesse que não há qualquer transmissão por via aérea, ou seja, quando uma pessoa fala ou tosse, não vai espalhar o vírus pelo espaço aéreo circundante.

Oxalá ele tenha razão…

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